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julho 2024
Desde a descoberta do Sítio Arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, em 1996, até as obras de revitalização da Região Portuária, de 2012 a 2016, estudos e escavações arqueológicas trouxeram à tona a importância histórica e cultural desta área do Rio de Janeiro. Cada um dos achados arqueológicos proporcionou uma compreensão mais aprofundada do processo da Diáspora Africana e da formação da sociedade brasileira e motivaram a criação, através do Decreto Municipal nº 34.803 de 29 de novembro de 2011, do Grupo de Trabalho Curatorial do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana, com o objetivo de desenvolver coletivamente políticas para valorizar a memória e proteger esse patrimônio cultural negro. “O intelecto negro, conjuntamente com os povos originários, foi o principal responsável pela construção da sociedade carioca e brasileira. Estudemos a história pelo avesso e jamais nos curvemos ao perigo de uma narrativa única” aponta Fábio.
A aula na rua terminou com uma visita ao Museu do Samba, espaço este que não só celebra os grandes mestres do samba, mas também oferece uma rica narrativa sobre a evolução do ritmo, desde suas raízes africanas até sua consolidação como símbolo de identidade nacional.
“Para nós da UNEafro Brasil é muito importante que nossos alunos tenham acesso à história do povo preto, que celebrem seus antepassados e, acima de tudo, se empoderem para suas próprias jornadas” afirmou a coordenadora do Núcleo UNEafro Quilombel, Vanessa Vicente. Ela observou ainda que a história do samba se conecta com as conquistas e lutas do povo negro e que “o Museu do Samba é um quilombo de resistência na manutenção de nossa principal identidade cultural”. finaliza.
Veja abaixo o circuito completo percorrido pelos alunos da UNEafro Brasil:
Circuito da Pequena África